quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Em branco

Um silêncio
assustadoramente
branco

no limite

não tenho vagas
nem marés

danço
águas bebidas
cálice fantasma
vestido
no cabaré
da vida

um silêncio
assustadoramente
branco

que quero vestir
com outras vidas

do avesso

porque as águas de um rio não passam
2 x no mesmo sítio


Leonor Vieira, Inédito

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