Desejei de novo morrer!
Nenhum acto é generoso
e a inacção é ela assim
como um Amor preguiçoso
num fundo poço
de visões sem fim!
...Que esta Alma em alvoroço
irá de novo nascer!
Renascer é só morrer!
De nada valem os intervalos
por uma Luz que nunca chega
e nos convida, intrometida,
a viver sonhos e largá-los
ao sopro da brisa cega
que passeamos cada vida!
Todo o ser tem de morrer!
Que queres de mim, escuridão?
Existes tanto quanto eu!
Alimentas-te dos que te dão
em todas suas formas de ser
um nobre pedaço seu...
... para no fim,
morrer!
Rui Diniz, Inédito
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
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