quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Morrer!

Desejei de novo morrer!

Nenhum acto é generoso
e a inacção é ela assim
como um Amor preguiçoso
num fundo poço
de visões sem fim!
...Que esta Alma em alvoroço
irá de novo nascer!

Renascer é só morrer!

De nada valem os intervalos
por uma Luz que nunca chega
e nos convida, intrometida,
a viver sonhos e largá-los
ao sopro da brisa cega
que passeamos cada vida!

Todo o ser tem de morrer!

Que queres de mim, escuridão?
Existes tanto quanto eu!
Alimentas-te dos que te dão
em todas suas formas de ser
um nobre pedaço seu...
... para no fim,

morrer!


Rui Diniz, Inédito

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