quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Passagem-paisagem

Estive no Velho Mundo,
assuntando como quem não quer
nada.

Deu pra fazer umas e outras.
Voltei trás-os-montes,
transeunte,
paisano,
além-tejo,
nem sei explicar.

Mas, tudo foi beleza!
D +

Almada,
alma amada
Mais que sagrada
de Sagres.

Do Infante,
antes infante do que infame.

Antes Mar Salgado que Mal Amado.

Antes incongruente que
inconsequente.

As feiticeiras faceiras,
nos ajudam na passagem:

A juventude
rejuvenesce, encarna, encanta,
balança, embala.


A maturidade






saboreia, sorve, serpenteia,
sacaneia.

A mala vai ser remexida na alfandega
que nem almôndega.

A gente finge que não vê,
Só pra ver se passa,
a lata, a nata, a sonata
o proibido, o escondido o sub-
-entendido.

Parada jónica
batida mediúnica,
única.

Mas a gente prossegue,
De volta ao Rio
na mesma parada.

Na balada, bem badalada,
armando saraus.
Tertúlias,
Ágoras.

Agora,
tá na hora
tá na rua
tá no balacobaco!

Tá no descompasso.
Onde embaraço-me na teia e na veia,
E ainda quero mais
Alma lusitana, insana!

Ricardo Ruiz, Inédito

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