não te baste afirmá-lo
melhor é mesmo sê-lo
e ainda que o sejas
melhor é calá-lo.
a tua verdade
te deve bastar:
afirma tão-só
a tua verdade.
sê para o tempo presente
um poeta
(o que já não é pouco
no tempo presente)
e deixa que o tempo
se encarregue de mostrar
e demonstrar
se a tua verdade
além de ser hoje a tua verdade
(o que já não é pouco)
virá também a ser uma outra
verdade.
ninguém é profeta
no seu próprio tempo.
António Vitorino, Caderno n.º 14
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
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