Somos muitos, eu só e eu comigo:
Enchemos o crepúsculo da vigília com os nossos ressentimentos
e bebemos dos cheiros dos sonhos e
fingimos que não fingimos.
Somos muitos, aqui aplanados
Num não sei quê de necessidade
Num não sei quê de imposição;
Se agora nos formos, amanhã voltaremos
de novo para longe do tempo
em que ainda era possível
ter feito alguma coisa.
Somos muitos neste jogo de cifras e criptas,
Divertimo-nos entre nós quando não nos interrompem;
Divertimo-nos,
mas hoje
hoje não é mais possível.
Filipe Raveira, Inédito
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
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