quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Coro de lágrimas

Há flores que ardem, há flores que choram
São vidas que partem, são olhos que imploram
Castelos sem vida, senhores sem sorte
A esperança esquecida em terras de morte
Estilhaços perdidos da nova madrugada
São sonhos vencidos na noite chegada

Um breu assim eterno, qual rosa d’Inverno
É lago onde os sonhos morrem e as lágrimas correm

Senhores do Norte, de pé ao alvorecer
Senhores na morte sobre o sangue a correr
E limpar dos olhos o pó do caminho
Apagar todos os fogos, enfrentar o destino
Pois por montes e vales o grito ecoou
Perca-se a tormenta, o Rei voltou

Da noite caiu o pano, perdido o engano
A vitória soou e a esperança reinou


Paulo "Aelin" Moreira, Caderno nº 12

Sem comentários: