quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Fugir ao tempo

Fugir ao tempo
Correndo como o vento
Na madrugada fria
Esperando um sol nascente
Vida incerta de agonia
Vida da verdade sempre presente
Em três gerações se chega e parte
Se ama e se sofre, se ri de alegria
E, quando chega a morte
Em ruína a vida no mundo se reparte
O amor que foi real, fremente,
O esquecimento no nada que existiu
Na porta que um dia abriu
E se fechou p´ra sempre
No sangue que foi quente
E ficou frio
Tudo ao pó voltou e se esvaiu
Fugir ao tempo
Fugir ao esquecimento
Ao sonho que chegou e que partiu.


AnyAna, Caderno nº 7

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