Quando te vejo,
barba que não é barba,
ar encovado do esforço marcado,
roupa suja e lama em tudo,
curvado pela dor dessa azáfama de formiga,
escuro do Sol que te queimou,
de armas na mão, sempre prontas,
e pensamento no duro do amanhã,
bebendo e comendo da esperança
de que alguns te tenham na lembrança,
te olhem, te sintam e dêem
algum valor ao teu desgaste,
que me dói e também me destrói,
quando te vejo, assim,
só me apetece matá-los!
Conceição Cotta, Caderno nº 9
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