segunda-feira, 24 de novembro de 2008

VI

Quando dizes “ A Comédia da Sede”
fazes-me lembrar um pobre homem
que viria depois de ti oitenta e um anos
para escrever sobre coisas do campo...
Ele, um filho da cidade radical,
cheio de ilusões e sonhos a tentar perceber
que mundo era o seu.

Como a ti, era o desconhecido que o atraia
não as malgas de vinho verde
com açúcar e sopas de pão.


Fernando Morais, Caderno nº 37

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