sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A voz...

Por entre murmúrios
Oiço a voz do canto
É neste sentido que mergulho
Para alcançar o meu espanto!
Nado em busca da resposta
Procuro-a sem parar
Quero mesmo alcançar
A voz que me chama sem parar.
A escuridão apodera-se do meu olhar
Do longe só se vê o imenso luar.
A voz que me chama
Parou de murmurar
Intensificando a sua forma de me chamar.
Estou cansada, fico de mala posta,
Já é tarde, aqui vou ficar
Mas a voz não me para de chamar
Que hei-de de fazer?
Não vou ficar aqui a morrer!
Levanta-te e procura,
A voz que te chama é o sonho
Que eu quero alcançar.

09/06/1999
Susana Cunha, Caderno nº 39

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