terça-feira, 19 de agosto de 2008

Castelo da morte

Meia-noite toca no
Castelo da Morte
Três pancadas soam fortes
No Castelo da Morte

Tal templo mostrava
Longos hinos dos mortais
Pelos quais os condenais
No Castelo da Morte

São murmúrios, são vozes
São mil rostos atrozes
Mil pedaços das almas perdidas
São pecados, são incestos
São mil gritos aflitos
Tal e qual como Deus
previu e condenou
E o criador dos fantoches aprovou

Naquele castelo todos são julgados
Uns com esperança outros sem lembrança
Vidas passadas mal amadas
naquele castelo da noite ingrata.


Lino Átila, Caderno n.º 10

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