terça-feira, 19 de agosto de 2008

A guerra pela guerra

Os degraus que nos levam
Ao patamar da vida
São de tamanhos diferentes
Criados por várias mentes
Esculpidos de dor e alegria
Como o tempo o ditou

Mas não pensem que terminou
A escada vai subindo
Sem corrimão
E a todo o vapor

Na torre de babel ninguém se entendia
Só quem queria
Esse é o momento
Em que as abelhas
Vão aprontando o mel
E os homens escalpelando a terra
Vulgarizando o mal e o fel

Mas o mais horrível
O não credível
É a guerra pela guerra
A puta da guerra
a guerra não traz soluções
traz mortes e desilusões
máfias e interrogações

é tempo de mudança
de luta e de esperança

a liberdade não tem cor
e tem todas as cores

a liberdade não é um acto isolado
não é uma etiqueta
é acima de tudo
um direito do planeta


Jorge Fialho, Inédito

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