Um rosto proibido
na distância do adeus.
Um sorriso tão querido
perdido aos olhos meus.
Palavras que não são.
Pensamentos por dizer.
Neste canto de solidão
mesmo à beira do perder
E a luz cai-me dos olhos
num lago por desenhar.
O seu fundo são escolhos
de um verbo por inventar
Triste brilho de cristal
no meu rosto a bailar
É apenas água e sal
entre o partir e o deixar
E resta só um grito mudo,
como que um céu a estalar
A noite cai e é tudo,
neste meu mundo a mudar.
Dos meus olhos a luz cai
num lago por desenhar.
É um pranto que se esvai
do meu sonho a sangrar.
Paulo "Aelin" Moreira, Caderno n.º 12
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
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