Há palavras que são sedas formosas
Que roçam meus ouvidos com doçura;
Autênticos jardins cheios de ternura
Retratos de lembranças bem saudosas.
Mas outras, armadilhas ardilosas
Que prezam nos levar a desventura
Deixando na passagem amargura.
Mostram-se vis, cruéis e venenosas.
Vive-se de palavras e de frases,
Molas que no mundo são capazes
De o alterar, mudar-lhe a qualidade;
Ouvi todas aquelas que disseste.
Pena foi que embalado te esqueceste
De lhes juntar um pouco de verdade.
Anabela Dias, Caderno n.º 42
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
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