Abandono-me num sonho sem razão.
Perco-me, vagabundo noctívago;
Os nossos corpos agitam-se em vão
Na solidão inerte do enlouquecer.
Afasto-me num interior inflexível.
Arrasto-me, louco melancólico;
O meu corpo projecta-se insensível
Num abismo nocturno de visões
[fantasmagóricas.
António Toscano, Caderno nº 6
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