quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Solidão da morte

Os olhos fixos
Nessa face sangrenta
Pálida e inerte
As mãos longas
Perdidas no vago branco
Dos lençóis sujos
A boca escancarada
À espera de algum som que irrompa
A tua face magra
Os teus olhos vazios
Espantados com a vida e com a morte
As tuas mãos despojadas
E o teu coração seco
Alienado de sofrimento
No meio do qual procuras não sobreviver


Sara Costa, Caderno nº 3

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