As palavras tremem e olham para mim.
É medo... medo de as deixar fugir.
As carícias do que não se tem...
O querer o que nunca se tocou.
E toca-se.
Toca-se, sente-se e desfalece-se.
Do passado voam fantasmas.
Fantasmas vivos!
E um gesto, uma cor, um olhar,
um caminhar, um respirar.
Muitas vezes me sento ali, a olhar.
E invento desculpas, sorrio...
Odeio, disparo ou acaricio palavras dolorosas.
Transformo o veneno em carícia de mel...
E saboreio-as.
E fico.
E vai o sol e vem a lua.
E olho o rio parado e vivo.
Novamente o rio é azul,
Novamente os barcos deslizam..
E eu sorrio.
Novamente...
Descanso, esqueço e aqueço.
NIA, Caderno nº 24
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