segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Haverá sempre um poeta

Por dentro de mim
haverá sempre um poeta a laborar
na doçura mortal das palavras.

Por fora, serei o homem que aguarda sem medos
que o momento da morte
adormeça sobre a espessura dos lábios,
e a vida se apague
levando com ela o último dos sorrisos.

O POETA...
esse ser inexpugnável e inextinguível,
possuidor do dom infinito das palavras que a tantos
[falta, viverá!!!

Acreditem ou não...

Só o poeta consegue ver claro,
para além das trevas.


Alberto Afonso, Caderno nº 36

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