terça-feira, 18 de novembro de 2008

Maldade desfolhada

O botão de rosa, que me tinhas dado...
Murchou, meu Bem, depois, na tua mão:
-- Não fora por lhe teres tocado;
Mas, por lhe teres magoado o coração!

O orvalho que cobria a rosa branca
Em botão, ... era falso, logo a secou!
Seriam as tuas lágrimas de prosa,...
Que tantas, a maldade tua, derramou?!

As rosas negras são a tua pretensão
As rosas brancas são o teu renegar...
- Serão todas as outras teu desdém?

Amor em teu peito, razão, não vejo,
Só vejo valores, que eu não creio,
Serem a grande riqueza de alguém!


08/11/1983


Isabel Moreira, Caderno nº 20

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