Ainda sinto a tua mão na minha!...
Aquele momento tão nosso,
em que o amor do mundo
cabia todo em nossas mãos!
O silêncio das palavras no olhar.
A dor escondida no teu peito...
E tu dizias: Está tudo bem meu filho!
E eu não pensava: Não pensava que o fim de uma vida,
estivesse tão próxima de terminar.
E tu sorrias,
sorrias, por trás de uma máscara de oxigénio
que te cobria a face imaculada,
como se a doença já não te incomodasse.
Eram oito da noite.
E eu dei-te um último beijo!
O teu olhar seguiu-me
como se estivesse a despedir-se do meu.
E eu sentia a tua mão na minha!
Agora descansa...
Até amanhã Mãe!...
Alberto Afonso, Caderno nº 36
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
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