Não perguntes porquê, porque não sei
A razão da ternura que me inspiras,
A razão desta dor por que chorei,
Ou desta falsa coragem que admiras.
E falo e canto, embora tu prefiras
Os poemas de silêncio que cantei
E assim calo, afogando em brandas iras
O grito por gritar que eu não gritei.
Mas hoje meu amor não vou calar,
Porque hoje meu amor eu vou cantar
O amor que em poema transformei.
Tudo começou talvez com um olhar ...
Será que houve razão p’ra começar?
Não perguntes amor porque não sei!
Oeiras, 29/02/1984
Nogueira Pardal, Caderno nº 33
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