Há um fogo íntimo na maré da lágrima
Deflagração das imagens
enquanto sob esta luz eléctrica me diluo na
[Esperança
Vejo o ângulo luminoso que abriga sob abismos
[verdejantes
o santuário amado e cortinas
que não traem as lâmpadas frias
que estremecem a chuva nas ruas
«ÁGUA NOVA VIDA VEIO VER-TE»
Sob o balanço equidistante dos ramos
Aquáticos dos meus gestos
Dou à praia nas paredes pintadas de Maresia
Vejo uma amurada aqui como lá em baixo ao sul na
[praia
ao longo do sono: pulsando
a energia das coisas
António José Coutinho, Caderno nº 28
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