quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O olho e a lâmpada

Há um fogo íntimo na maré da lágrima
Deflagração das imagens
enquanto sob esta luz eléctrica me diluo na
[Esperança
Vejo o ângulo luminoso que abriga sob abismos
[verdejantes
o santuário amado e cortinas
que não traem as lâmpadas frias
que estremecem a chuva nas ruas

«ÁGUA NOVA VIDA VEIO VER-TE»

Sob o balanço equidistante dos ramos
Aquáticos dos meus gestos
Dou à praia nas paredes pintadas de Maresia
Vejo uma amurada aqui como lá em baixo ao sul na
[praia
ao longo do sono: pulsando
a energia das coisas


António José Coutinho, Caderno nº 28

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