segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Princesa

Caminhas direita
pelo mundo
como se ele
fosse teu.

Ergues-te
destemidamente
como dona
do amanhã.

Ereges-te
como se a vida
fosse eterna.

Sem ontem
nem hoje
fazes amor
como se fosses
morrer.

Ponte
de todos
os meus rios
salvas-me
dos precipícios
a cada
minuto
que passa.

Princesa
ou fada,
sorvo em ti
o ar ...
Encontro
em ti
a vida.


António Alberto, Caderno nº 35

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