Enormes crateras se alastram
pelo corpo da terra desvastado,
por explosivos ora mutilado
oh serra porque te maltratam.
Roubam-te a beleza natural
assim como quem ceifa a própria vida,
de uma forma brutal e desmedida
a força do bem contra a do mal.
Ler-se-á destruição no olhar do povo
perder-se-á o verde bosque outrora maravilhoso
ganhar-se-á uma paisagem estéril e lunar.
A serra agoniza de tão ferida
a vida morta sobre o chão caída
indicam o mundo a declinar.
Alberto Afonso, Caderno nº 36
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário