segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Serra da Arrábida

Enormes crateras se alastram
pelo corpo da terra desvastado,
por explosivos ora mutilado
oh serra porque te maltratam.

Roubam-te a beleza natural
assim como quem ceifa a própria vida,
de uma forma brutal e desmedida
a força do bem contra a do mal.

Ler-se-á destruição no olhar do povo
perder-se-á o verde bosque outrora maravilhoso
ganhar-se-á uma paisagem estéril e lunar.

A serra agoniza de tão ferida
a vida morta sobre o chão caída
indicam o mundo a declinar.


Alberto Afonso, Caderno nº 36

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