terça-feira, 19 de agosto de 2008

De um devaneio nasce o encanto

de um devaneio nasce o encanto
do teu rosto
nítido noutras eras;
teus gestos serenos de criança
propagam-se além ...


nas fontes da cidade nossa
dou-nos de beber
o néctar fugidio de deuses
que outrora fomos ...

mas já não há pirolitos
e
do teu veneno
recebo as lágrimas que me
faltam


João Vasco Henriques, Caderno n.º 13

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