quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Encanto das Margueiras

A meus pais
Recordação de minha infância


Ser sempre criança eu queria ser
Sempre sempre criança
Guardar avaramente os bons momentos
Os mais puros pensamentos
O primeiro sorriso de esperança
O perfume suave da primavera
Ser sempre criança eu queria ser
Sem problemas, sem compromissos
Ouvir o murmúrio das águas lavando seixos roliços
E na hora da maré cheia
Sentir o aroma da madrugada
Correr tonta de alegria ao banho de água salgada
Pés nus na areia
E no regresso, aquela fatia de pão com manteiga
[bem barrada
Oh! Ser sempre criança
Que encanto tinha
Correr atrás da formosa borboleta
Aprender a primeira letra
Voar no baloiço da pimentinha
Encarar a luz do Sol
Guardar a cor dos dias mais brilhantes
Colher flores em caminhos verdejantes
Viver na protecção de ternos braços
Que são laços de amor
Ser sempre criança eu queria ser
Ah! Tempo cruel, que passas a correr.
AnyAna, Caderno nº 7

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