Sou ribeirinha
Nasci à beira do Tejo,
Desde sempre pequenina
Que o amo, o sinto, o vejo ...
Em barcos de amor naveguei,
Sempre, sempre à beira d’água
Por amor sempre clamei,
Mas em troca voltou mágoa
Quero sempre recordar
Os recreios, as chitas, os percais,
Coração no peito a pulsar
Tempo! Atrás não voltas mais
Do que a mente sente ficou só
A lembrança dos laços apertados
O todo da saudade virou pó
Mas é real o nó dos abraçados
«Se o tempo voltasse atrás
Com ele a Lapa, as Margueiras
Eu era ainda capaz
De saltar quentes fogueiras»
Ter a meu lado os amores
Que sempre me protegeram
Matizes de belas cores
Celestes cordas tangeram
Eu queria ser andorinha
Sempre, sempre a esvoaçar
Ser ainda pequenina
Ao meu Rio poder voltar
AnyAna, Caderno nº 7
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
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