Silêncio!
Que hoje se canta um fado,
a história de um amor,
da eterna saudade,
de noites de luzes perdidas num sonho,
sonhado sem tempo,
ao sabor da morte,
ao sabor do fado.
A história de corpos vagueando
no fio de uma navalha,
a história de uma falha,
de olhos sem brilho,
de almas despertas,
de flores encantadas,
de um conto de fadas.
A história de um mar que aclama:
Silêncio!
Que hoje se canta a alma ...
António Boieiro, Caderno nº 5
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