quarta-feira, 29 de outubro de 2008

VII

de um devaneio nasce o encanto
do teu rosto
nítido noutras eras;
teus gestos serenos de criança
propagam-se além ...


nas fontes da cidade nossa
dou-nos de beber
o néctar fugidio de deuses
que outrora fomos ...

mas já não há pirolitos
e
do teu veneno
recebo as lágrimas que me
faltam


João Vasco Henriques, Caderno nº 13

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