quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Despertar

A presença aromática da Manhã
e assim a planta majestosa
de acordar meu vegetal vestígio
até aos cumes da Luz
na coragem das flores

O sorriso aromático
nas provações – a líquida cor
do orvalho sobre as ervas
E meus pensamentos como
pequenos animais na natureza –
movimentos do vento das estações

A luminosidade a clareza – a
Beleza das coisas que não digo
Minha poesia grava o Amor
dos lagos de neve sob o sol
a cerimónia das nuvens sobre a terra

E os olhos antigos algumas vezes
longe da expressão do Rosto
agora os deixo para tomar
os Beijos ocultos da Esperança


António José Coutinho, Caderno nº 28

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