Nasceu no Alentejo, de lá partiu
Na procura do pão que lhe faltava,
Mas a cidade grande nunca viu
Porque um bairro de lata o aguardava.
Mas tinha agora já mais companhia
Porque à fome se juntara a saudade,
Mas era um homem novo, ainda cria,
Lutava por mais pão e mais verdade.
Voltou ao Alentejo que dá pão
O pão que, por má sorte, não comia,
Enterrou muita força naquele chão
E lá deixou um resto de alegria.
O sonho de emigrar, a fome o fez,
A miragem do pão que se não come!
Não chegou à cidade ainda esta vez
Na viagem morreu, morte de fome!
Amadora, 1970
Nogueira Pardal, Caderno nº 18
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
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